segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

D. Incubadora de Empresas e Negócios de Design realiza 1º Workshop

Crédito Fotos - Augusto Gomes Araújo

1º Workshop de Negócios de Design

O “1º Workshop de Negócios de Design – Ideias Criativas”, aconteceu no último sábado de novembro com intuito de estimular o pensamento criativo e empreendedor entre graduandos e graduados pela Escola de Design, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), vislumbrando a idealização de negócios a partir da identificação de habilidades e aspirações pessoais e profissionais. O evento faz parte do processo de sensibilização e seleção da D. Incubadora.

Na parte da manhã, a primeira palestra ficou por conta da professora da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Luciana Paula Reis, pertencente ao departamento de Engenharia de Produção, sobre Inovação e Competitividade em ambiente acadêmico. Para ela, os alunos de graduação são os inputs, ou seja, eles fazem parte do processo de transformação das organizações.
A palestrante apresentou alguns programas de incentivo à inovação, que, muitas vezes, apoiam às universidades na transformação de produtos e negócios empreendidos por alunos, pesquisadores, doutores etc. Segundo Reis, a universidade tem o papel de levar o conhecimento apreendido ao mercado, dando suporte no processo de planejamento tecnológico.
Enfatizou ainda a necessidade de haver um planejamento, assim como o levantamento de informações do mercado e o conhecimento aprofundado do negócio a ser empreendido. “É necessário pensar em modelos de negócios e em como posicioná-los”. Ela pôde apresentar aos participantes brevemente, métodos de avaliação e adequação de negócios para inclusão no mercado.




Professora da UFOP, Luciana Paula Reis


Em um segundo momento, José Márcio Barros, professor da UEMG e coordenador do Observatório da Diversidade Cultural, palestrou sobre Economia Criativa e se referiu entusiasticamente sobre o design, como disciplina híbrida e transversal. Barros transcorreu sobre a diversidade cultural, que, de acordo com ele, é produzido a partir das nossas diferenças. Na opinião do professor, é necessário sair da zona de conforto, que ele chama de conforto preguiçoso e pouco criativo, para que então, possa se trabalhar o design sem medo das diferenças. “Isso requer coragem e sem ela, não se vai a lugar nenhum”.
É necessário ter cuidado para não confundir diversidade às diferenças, diz. “Queremos ser diversos em uma sociedade plural, conjugando diferenças com igualdades”. Para Barros é importante reconhecer as diferenças e aquilo que é universal, para que não se criem barreiras à criatividade.
Na hora de utilizar o termo “Economia Criativa” deve-se ter cuidado, enfatiza. E acrescenta que a criatividade deve ser utilizada para fomentar a indústria, pois a economia criativa é multidisciplinar, capaz de unir a cultura e a tecnologia, colocando a criatividade a serviço do desenvolvimento sócio-econômico, auxiliando também no desenvolvimento humano. Para finalizar Barros afirmou que “nem toda a interação gera troca, nem tudo que se cria é novo e informação não é sinônimo de conhecimento”.


José Márcio Barros, professor da UEMG e

coordenador do Observatório da Diversidade Cultural


Após um pequeno intervalo, as atividades recomeçaram e foi à vez da realização do Painel: Tendências Mercadológicas e Inovação em MPE’s, mediada pelo professor e empresário June Marques, composta pelo publicitário Guilherme Gerra, proprietário da empresa Minas Marca, Anízio Dutra Vianna, gerente de inovação Sebrae MG, e João de Avelar Andrade, psicólogo e proprietário da empresa Humanus Consultoria e Treinamento.
Durante a mesa redonda os participantes do Workshop puderam esclarecer dúvidas sobre inovação, oportunidades de mercados, processo criativo, aptidões, competência, valorização do design e outros temas de igual importância.
Guerra deu importantes conselhos relacionados à necessidade de se ter foco, um plano de negócio, de se separar a empresa do indivíduo e não esperar por um retorno em curto prazo. Já o gerente de Inovação do Sebrae, Anízio Dutra, lembrou que no Brasil existe pouca inovação, mas há um grande potencial para isso. Avelar Andrade ressaltou que as ideias surgem nas horas mais inesperadas, e não no momento esperado, por isso, é necessário aproveitá-las para que possam ajudar na capacidade criativa.


Da esq. para dir. Guilherme Gerra, Anízio Dutra e João de Avelar



Já na parte da tarde, a última palestra sobre “Criatividade para negócios e carreira de sucesso” ficou por conta da jornalista Inácia Soares, que começou falando da importância de haver um mapeamento de perfil para a escolha da carreira. E, em seguida, apresentou o que para ela são características inatas de um perfil empreendedor – baseado em teorias do psicólogo americano, David McClelland, como: “iniciativa, curiosidade, persuasão, auto-confiança, persistência, superação e saber assumir riscos, ou seja, saber andar na beira do abismo”.
Para Inácia, o empresário mineiro é perfeccionista e impõe muitas barreiras, o que dificulta o processo empreendedor e à inovação. Ela ressalta a importância de se arriscar e de saber onde está o concorrente, apresentando exemplos de negócios de sucesso, surgidos graças a pessoas que souberam aproveitar as oportunidades, se arriscando em negócios inovadores como o Buffet Catarina, Suggar, Café Expresso Manual, Restaurante Solar, mesa infantil, entre outros.
Ter estratégias, saber novas formas de abordar o mercado, ter rapidez para reagir às mudanças e enfrentar os desafios, são requisitos fundamentes, segundo Inácia Soares, para se ter um negócio. Para ela, é necessário mostrar ao cliente que você é necessário, através do valor que é ofertado. E por fim, é necessário pensar na consequência do produto para que ele passe a ser parte do mercado consumidor e seja reconhecido.




Jornalista e palestrante Inácia Soares



O Workshop



Participantes do 1º Workshop da D. Incubadora de Empresas e Negócios de Design fizeram valiosas críticas ao evento, que irão auxiliar na elaboração das próximas etapas, que se desdobrarão através do Ciclo de Capacitação a ser promovido pela Incubadora aos selecionados no Workshop.
Para o estudante de design de produto, Robert Gomes, da Escola de Design, da Universidade do Estado de Minas Gerais, as palestras apresentaram importantes ferramentas para implementar novos empreendimentos e para mensurar a situação de negócios já consolidados.
Para o designer gráfico, João Henrique Martins, o workshop serviu para “abrir a mente” para novas oportunidades de mercado. Já para Bruna Pontes, também formada em design, as palestras serviram para complementar as ideias e projetos que tem em andamento.
Em suma, pode-se dizer que o 1º Workshop alcançou seu objetivo de provocar e aguçar os alunos da Escola de Design e graduados a vontade de empreender ou mesmo de expor suas ideias, sensibilizando-os para inovarem e buscando novos campos de atuação.






Fonte - Assessoria de Marketing e Comunicação D. Incubadora de Empresas e Negócios de Design - Cláudia Melo

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