sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dica de leitura

Abra a boca e feche os olhos

Por Gustavo Greco

Ao longo da história do homem, vários foram os formatos e o material utilizados na produção dos talheres. Pedras, ossos de animais, cerâmica, ferro e aço inox estiveram presentes na construção desses instrumentos que nos auxiliam no momento das refeições. O ápice do seu uso deu-se no Renascimento, com os requintes da Cutelaria na Alemanha, na Espanha, na França e na Itália. No reinado de Luís XIV, que governou a França no século 17, no lugar de missas, eram as festas, com todos os materiais que pudessem marcar a diferença entre o homem cortês e o povo, que estavam em voga. Os talheres eram os principais objetos que demarcavam o limite entre as classes.

Abrindo mão desse discurso fútil e pensando em ampliar os significados dos talheres, a designer Jihnhyun Jeon criou o projeto Sensorial Stimuli Cutlery (“Talheres com Estímulos Sensoriais”, tradução livre para o português.). Desenvolvido na Universidade Eindhoven (Holanda), o trabalho explora os sentidos para enriquecer a experiência do corpo com os alimentos por meio desses utensílios.

O Sensorial Stimuli Cutlery transforma o uso dos instrumentos de mesa tradicionais, revelando até onde eles realmente podem chegar. Jeon criou mais de dez modelos, concebidos a partir do fenômeno da sinestesia – condição neurológica em que o estímulo de um sentido afeta outro ou mais sentidos.

Fórmulas elaboradas a partir da combinação de temperatura, cor, textura, volume, peso e forma deram origem a uma série de garfos e colheres que mostram como o design pode tornar a experiência ainda mais completa (ou seria complexa?).


Fonte - Minas Marca 

Nenhum comentário: