Abra a boca e feche os olhos
Ao longo da história do homem, vários
foram os formatos e o material utilizados na produção dos talheres.
Pedras, ossos de animais, cerâmica, ferro e aço inox estiveram presentes
na construção desses instrumentos que nos auxiliam no momento das
refeições. O ápice do seu uso deu-se no Renascimento, com os requintes
da Cutelaria na Alemanha, na Espanha, na França e na Itália. No reinado
de Luís XIV, que governou a França no século 17, no lugar de missas,
eram as festas, com todos os materiais que pudessem marcar a diferença
entre o homem cortês e o povo, que estavam em voga. Os talheres eram os
principais objetos que demarcavam o limite entre as classes.
Abrindo mão desse discurso fútil e
pensando em ampliar os significados dos talheres, a designer Jihnhyun
Jeon criou o projeto Sensorial Stimuli Cutlery (“Talheres com Estímulos
Sensoriais”, tradução livre para o português.). Desenvolvido na
Universidade Eindhoven (Holanda), o trabalho explora os sentidos para
enriquecer a experiência do corpo com os alimentos por meio desses
utensílios.
O Sensorial Stimuli Cutlery
transforma o uso dos instrumentos de mesa tradicionais, revelando até
onde eles realmente podem chegar. Jeon criou mais de dez modelos,
concebidos a partir do fenômeno da sinestesia – condição neurológica em
que o estímulo de um sentido afeta outro ou mais sentidos.
Fórmulas elaboradas a partir da
combinação de temperatura, cor, textura, volume, peso e forma deram
origem a uma série de garfos e colheres que mostram como o design pode
tornar a experiência ainda mais completa (ou seria complexa?).
Fonte - Minas Marca
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