segunda-feira, 20 de maio de 2013

Dica de Leitura



A expressão cultural como ativo de marca

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Quando pensamos em Branding quase sempre voltamos nossos olhares para a essência da empresa, uma avaliação sobre sua história, valores, cultura, diferenciais estratégicos e seus consumidores. Correto? Com certeza este é o pensamento clássico do Branding, aplicado em boa parte das consultorias de marca. Mas será que existe algo mais? Outro dia, assistindo um programa sobre turismo me peguei questionando: com qual frequência as marcas nacionais mergulham na cultura Brasileira em busca de um diferencial para seus produtos e serviços? O que eu particularmente vejo no país são reproduções de modelos “gringos”, (Starbucks, Coca-Cola, Apple, Harley Davidson, Ikea e etc) pensados basicamente sobre uma ótica cultural Norte Americana ou Européia. E o mais engraçado de toda a história é a controvérsia realidade em que o mundo se encontra, onde as economias emergentes, incluso o Brasil, estão salvando grandes marcas estrangeiras, desesperadas com a crise européia e a estagnação americana. Não é difícil ver manchetes por todos os cantos: “Brasil a bola da vez”, “chegou a hora dos emergente”, “Brasil a sexta economia mundial”, “Os BRICS seguram a economia mundial”.
 Parece que o mundo inteiro reconheceu o valor cultural e econômico do Brasil, menos o próprio país. E agora, quando os holofotes do planeta se voltaram para nós, somos incapazes de surpreendê-los com o que temos de mais rico. Nossa cultura. É visível o despreparo das empresas nacionais em transformar nossa comida, música, cores, cheiros, lugares e pessoas em produtos de qualidade. Justiça seja feita, existem sim pouquíssimas marcas que se beneficiaram das nossas expressões culturais com propriedade e qualidade. Natura, Osklen e Havaianas talvez sejam os melhores exemplos. Mesmo assim, ainda são menos de 1% do total de empresas nacionais. O fato é que ainda existem pratos maravilhosos e desconhecidos pelo interior de Minas, Artesanatos exuberantes em pequenas vilas nordestinas, festas deliciosas no Sul do país, plantas e frutos de propriedades únicas e desconhecidas no norte. São milhares de jóias raras a espera de uma oportunidade de emergir e ganhar o mundo, e em contrapartida gerar retornos financeiros generosos para seus investidores.

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